Ônibus operam em horário reduzido nesta segunda em Santa Maria

Foto: Victoria Debortoli (Diário)

Desde às 8h30min desta segunda-feira, as linhas de ônibus estão operando em horário reduzido em Santa Maria fora dos horários de pico (manhã, meio-dia e final da tarde). A medida, que acontece desde sexta-feira, foi tomada para economizar combustível e poder prestar o serviço por um maior número de dias possíveis enquanto os estoques não são reabastecidos. 

:: Leia todas as notícias sobre a greve dos caminhoneiros ::

De acordo com o presidente do Sistema Integrado Municipal (SIM), Victor Sacool, há combustível para os ônibus urbanos até quarta-feira se for adotado este esquema. 

_ Queremos que a cidade volte à normalidade o mais rápido possível e estamos negociando a chegada de mais diesel, mas não temos previsão de quando uma nova carga chegará. Agora, temos de analisar a situação a cada momento - afirmou.

Conforme Cristiano Andretta, gerente operacional do SIM, as linhas afetadas são aquelas que possuem horários menos espaçados, como a Tancredo Neves e Camobi, por exemplo. Nestes casos, os ônibus vão passar a cada 30 minutos. No site do SIM, apenas a grade da UFSM está atualizada. Nas linhas onde os ônibus normalmente operam em horários mais espaçados, com meia hora ou mais de intervalo entre cada um, os horários não serão alterados. 

O transporte seletivo, conhecido como "azuizinhos", não vai funcionar nesta segunda-feira. 

MEDO DE FICAR SEM TRANSPORTE
No início desta segunda, os usuários que aguardavam os coletivos no Paradão da Avenida Rio Branco, pouco depois das 7h, já demonstravam insegurança em relação à volta para casa no final do dia. O movimento na parada era tranquilo.
- Eu pego quatro ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e estou com medo de ficar empenhada hoje - relatou a auxiliar de limpeza Taisa Nagel, 35 anos. 

A doméstica Loreni Ávila, 47 anos, comentou que a linha Jardim Berleze, que ela pega diariamente às 6h10, já não passou hoje.
- Sábado também não tinha ônibus para voltar do trabalho. Eu tive que caminhar meia hora até a Faixa de São Sepé para conseguir outro - afirmou Loreni. 

A preocupação da auxiliar de serviços gerais Nora Nei Oliveira, 54 anos, era grande desde a noite de ontem.
- Eu trabalho em Camobi. Preciso pegar dois ônibus para chegar, e se não tem eu não posso ir trabalhar. E quando a gente vai dormir, a gente fica naquela preocupação, né? Se vai ter ônibus amanhã - completa Nora.